Em uma época em que muito se preocupa com a questão do desmatamento florestal, falar em madeira maciça pode soar contraditório. No entanto, conhecer a procedência da madeira é muito importante para não cair na roubada de comprar madeira ilegal, extraída das florestas sem que haja qualquer tipo de reflorestamento. Hoje, existem muitas madeireiras que fornecem madeiras de boa procedência e legalizadas. Grande parte delas é extraída de árvores que foram plantadas exclusivamente para este fim. Para equilibrar o consumo de árvores nativas, desde os anos 60 o Brasil passou a contar com espécies plantadas. As madeiras de reflorestamento, como pínus e eucalipto, podem ser cortadas com idade entre 10 e 15 anos, enquanto qualquer nativa precisa de mais de 30 anos.
Por isso, é preciso ressaltar a importância de uma aquisição consciente. Assim, procure saber da procedência e compre sempre em madeireiras legalizadas. Outra dica importante é verificar se a madeira possui selo de Certificado Madeira Legal, da Secretaria do Meio Ambiente. Esse atestado garante a responsabilidade ambiental dos produtos do estabelecimento, comprovando que a extração de espécies nativas e reflorestadas seguiu planos de manejo sustentável, em que se retiram controladamente as árvores, com baixo impacto ambiental e preocupação social.
Além disso, para saber se uma madeira nativa é licenciada pelo Ibama, deve-se conferir o Documento de Origem Florestal (DOF), que atesta a legalidade da cadeia produtiva.